Campeonato de Robótica é sempre um evento que atrai pessoas de todas as idades e interesses no Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Bom Jesus do Itabapoana. As peças de Lego, unidas de diferentes formas, ganham movimento e comandos para alcançar um único objetivo: expulsar o adversário da arena. Programados previamente ou orientados por meio de controle, os robôs despertam o entusiasmo e curiosidade da torcida, proporcionando uma experiência memorável.
Foi assim para o competidor Victor Wagner Vieira Ramos, membro da equipe Cyberpunk, campeã da modalidade “Programada”. Aluno da Escola Estadual Doutor José Pereira Pinto, em Santa Maria de Campos (RJ), ele participa semanalmente das aulas do projeto Mentobótica, que ensina robótica a crianças do ensino fundamental e médio sob coordenação da professora Ianne Nogueira. A vitória foi uma surpresa para Victor, que atribui a conquista à cooperação entre os colegas do grupo e à mentoria dos professores do projeto. “Tivemos dificuldades no início do curso, pois nunca tínhamos visto ou tido contato com a robótica, mas conseguimos aprender e nos aprimorar ao longo do curso. Os professores realmente nos ajudaram a ter o melhor desempenho, para que nosso desenvolvimento no campeonato fosse bom. Não foi como esperávamos – foi muito além das minhas expectativas”, afirmou.
Na modalidade “Controlada” a campeã foi a equipe 777. O aluno João Victor Figueiredo Moura Gomes, do Curso Técnico Integrado em Informática, reconheceu a vantagem do time em relação aos demais competidores, mas elogiou o desempenho dos adversários. “A maioria dos competidores tiveram menos tempo de aula por causa das férias. A diferença de idade e experiência era relativamente grande, o que dificultou muito para eles, mas com tudo isso de desvantagem eles ainda chegaram merecidamente à final”, analisou.
Mesmo sem pódio, as crianças também deram show nas disputas, surpreendendo quem parava para assistir os duelos. Derick José Silva de Morais, da Escola Doutor Francisco Batista, de Bom Jesus do Itabapoana, não garantiu premiação, mas considera os ganhos que o projeto trouxe. “Eu gosto muito de robótica. É muito legal o que ensinam e muito divertido. Montar o robô e competir é a parte mais legal”, disse. O parceiro de equipe, Pedro Henrique de Souza Fernandes, aproveitou o campeonato para identificar as fragilidades do robô que projetaram e garante que farão melhorias para as próximas disputas.
Ianne explica que o campeonato de robótica é um dos pontos de validação do aprendizado dos alunos. Nele é possível mostrar o que aprenderam até o momento do curso. “Ver crianças e adolescentes que nunca tiveram contato com a robótica conseguindo criar, montar e programar seus robôs é realmente satisfatório. Como coordenadora fico sempre muito orgulhosa do desempenho dos alunos, mas também dos bolsistas e voluntários que atuam no projeto”, avalia, elogiando o empenho e dedicação da equipe, sem a qual não seria possível desenvolver o projeto com tamanho alcance e qualidade
O Mentobótica possui, atualmente, turmas com alunos do IFF Bom Jesus; da Escola Doutor Francisco Batista, parceira do projeto; e de outras localidades próximas, como Santa Maria de Campos. As ações continuam até o fim do ano e novas turmas serão iniciadas em 2025.
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Fonte IFF