Com o formato online como principal canal de vendas (61% ou seis em cada 10 consumidores), a Black Friday 2022 conta com um ticket médio de R$ 491 nas vendas e 65% dos consumidores indo às compras. Os dados são do levantamento da Boa Vista, que indica itens eletrônicos e eletrodomésticos como principais buscas para o período.
Em equivalência ao ano passado, os eletrodomésticos são os produtos mais procurados na Black Friday de 2022, com 55% das menções. A sequência do ranking de maior procura conta com eletrônicos (46%), celulares (38%), itens de moda e itens de casa e decoração, ambos com 36% das menções.
Além destas, outras categorias como informática (27%), itens de alimentos e bebidas (16%), lazer e esporte (15%), produtos de saúde, cosméticos e perfumaria (15%), e livros (9%) também foram citadas pelos entrevistados.
“Neste ano, o planejamento tem sido priorizado para as compras durante a data. Diminuiu o percentual de consumidores que pretendem se beneficiar de ofertas de ocasião ou comprar por impulso. Os consumidores estão mais conscientes em relação aos seus gastos, o que é compreensível, dado o momento econômico do país”, explica Flávio Calife, economista chefe da Boa Vista.
A pesquisa, realizada entre setembro e outubro, conta com margem de erro de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. O grau de confiança é de 90%.
Black Friday 2022: mais dados
Pagamentos
A maior parte dos consumidores – 73% – irão optar por parcelar o pagamento, enquanto 27% irão pagar as compras à vista. Entre eles, 42% utilizarão o cartão de crédito, 12% o cartão de débito, 7% dinheiro, 18% outros meios e 21% o PIX/PIX parcelado. Em 2021, apenas 12% pretendiam usar o PIX/PIX parcelado, o que mostra aumento da adesão do público ao meio de pagamento.
Intenção de compra
A pesquisa da Boa Vista identificou também que 35% não farão compras nesta data – no ano anterior, eram 33%.
O motivo central é a percepção de desvantagem de comprar na data, passando de 21% em 2021 para 28% neste ano. O aumento dos preços surge em segundo lugar com 20% das menções (eram 27% em 2021).
Outros motivos apontados foram a contenção de despesas (17%), endividamento (15%), priorização de outras contas (12%), redução da renda e desemprego (7%).
Fraudes
Por fim, apesar do destaque como modalidade de compra nos últimos anos, o comércio eletrônico ainda desperta desconfiança em parte dos consumidores. Segundo informações coletadas pela Boa Vista, cerca de 59% dos entrevistados afirmam que se sentem inseguros ao comprar pela internet.
Uma das razões para isso é o crescimento de vítimas de fraudes em compras do tipo – 44% em 2022 contra 37% em 2021. A principal fraude foi o uso indevido do cartão de crédito por terceiros, com 38% das menções, seguido por golpe em casos de compras em sites falsos, com 21%.
Via e-comemercebrasil
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